Quando será, será!
Quando você perceber que, para produzir, crescer e subir na vida, precisa enfiar a cara no trabalho e esquecer o resto e batalhar muito; quando perceber que muitos ficam ricos facilmente mediante subornos e por influências, muito mais que pelo trabalho; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se torna sacrifício; então, meu caro leitor, terá vontade de desistir. Mas como somos gente de fé e com fervor, esperemos mudanças. Quando será?
Enquanto isso, não trabalhe não, e duro, para ver o que acontece com sua vida. Não sobreviverá financeiramente, nem dignamente. Ou então, aqui, sim, cabe rememorar o saudoso Ruy Barbosa de Oliveira, de todos os tempos e dos conturbados dias atuais: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.
A história tem provado que a máxima do jurista Ruy prevalece até hoje. E, ainda, podemos afirmar com tanta certeza: enganam-se muitos por muito tempo, mas não todo o tempo. (Um dia a casa cai, não é, jacuiense dona Elzira Pádua Coelho?). Até quando? Será nossa culpa?
FERNANDO DE MIRANDA JORGE
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG
E-mail: fmjor31@gmail.com