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Homem é condenado a 26 anos de prisão por crime praticado em 1999 em Paraíso

O dedetizador Marcelo Borges Campos, 50, acusado de ter estuprado, matado, queimado e ocultado o corpo de Silmara Souza em outubro de 1999, na zona rural de São Sebastião do Paraíso, foi condenado a 26 anos de prisão pelo tribunal do júri, nesta quinta-feira (26). Ele estava foragido em Goiás, mas acabou sendo preso há quase dois anos, quando policiais constataram mandado de prisão em aberto.

O crime foi praticado no dia 17 de outubro de 1999, mas o corpo de Silmara já em adiantado estado de decomposição, foi encontrado no dia 16 de novembro por um tratorista, “já ossificado”, a seis quilômetros de Paraíso, local conhecido como “espraiado”, ou “descida da cruz da Noca”.
O crime teve a coautoria de Marli Souza da Cruz, a Carrapicho, que na época disse ter 18 anos, mas depois conforme apurou-se, era menor de idade. Ela foi presa por ordem judicial e contou em detalhes como o crime foi praticado.


Com informações da Polícia Militar e do G1/Sul de Minas


Com informações da Polícia Militar

Nas investigações comandadas pelo delegado Mario José de Macedo, Carrapicho mencionou a participação de Marcelo, o identificando como “o filho da Tereza Macumbeira”, como era conhecido.

Conforme consta no processo, Marcelo chegou a ser preso, mas lhe foi concedido responder o processo em liberdade, tendo fugido para o Estado de Goiás. Em seus antecedentes criminais constam crime de estelionato em São Roque de Minas, pelo qual foi condenado, mas não cumpriu, receptação em Monte Santo de Minas e também de homicídio em Pratápolis, não foi mencionado no júri nesta quinta-feira.

crime estava prestes a prescrever, o tribunal do júri já havia se reunido três vezes anteriormente. Ao que consta, Carrapicho já faleceu, mas em júri anterior teria mudado sua versão, afirmando que em vez de Marcelo Borges Campos, o comparsa no crime seria “Marcelo Tiguira” que de acordo com os autos, estaria preso em Contagem.


Com informações da Polícia Militar e do G1/Sul de Minas


Com informações da Polícia Militar

versão foi combatida pelo promotor Marcos Pierucci de Freitas que atuou na acusação nesta quinta (26/9). Segundo ele, teria havido acordo entre Carrapicho e Marcelo Borges para isentá-lo do crime. Silmara estava com 19 anos quando foi assassinada. Carrapicho disse ter desferido dois golpes de faca, e outros 10, conforme explicou, foram dados por Marcelo.

A motivação, conforme foi contado por Carrapicho, seria o sumiço de certa quantidade de maconha, mas o promotor Pierucci sustentou a tese que Marcelo teve relacionamento amoroso com Silmara, do qual nasceu um filho, à época dos fatos com dois anos. O promotor levantou a hipótese de que, pelo fato de Marcelo ser casado, ele não quis assumir a paternidade, e matou Silmara com requintes de crueldade.

Para colocar o crime em prática, Carrapicho atraiu Silmara e depois saíram em direção a São Tomás de Aquino, juntamente com Marcelo. Conforme contou, fizeram uso de maconha, e depois Silmara foi esfaqueada e despida. Em seguida foi jogado álcool sobre o corpo que foi queimado. Para não deixar pistas, Carrapicho explicou que o corpo de Silmara foi novamente vestido e lhe coloram uma peruca.


Com informações da Polícia Militar e do G1/Sul de Minas


Com informações da Polícia Militar

Nesta quinta (26/9), ao ser ouvido Marcelo se dispôs a se submeter à exame de DNA, e os advogados Adilson Riva de Lima e João Paulo Ferreira, que atuaram na defesa, também sugeriram a realização do exame.

Os advogados insistiram que o autor do crime seria Marcelo Tiguira, e que há muitas contradições nos autos principalmente nas oitivas de Carrapicho, que poderia até mesmo motivar nulidade no processo.

A sentença condenando Marcelo Borges Campos a 26 anos de reclusão em regime fechado (soma das penas), foi proferida pela juíza Édina Pinto por volta de 21h30. O advogado Adilson Riva afirmou ao Jornal do Sudoeste que irá recorrer ao TJMG.

Fonte: Jornal do Sudoeste

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