ColunistasFernando de Miranda

Foi só uma brincadeira

É muito mais fácil saber com quem brincar do que se desculpar depois. Esse negócio de brincadeira com quem não se conhece é muito difícil. O tipo da brincadeira nem sempre agrada a todos. É difícil. Brincar? Só com quem não morde. Brincadeira tem limites.

Há pessoas que gostam de fazer brincadeiras com outras, mas não aceitam que brinquem com elas. É assim: escolher as brincadeiras e as pessoas para brincar, se não… vai se dar mal. Brincadeira tem hora. Espera aí! Melhor seria somente brincar com gente que consegue separar as coisas. Foi apenas uma brincadeira.

Quem de nós não tem amigos e parentes que adoram fazer uma brincadeira, usando como argumento alguém que esteja presente? Como gostamos de rir dos outros! Muitas vezes, fazem isso na tentativa de criar mais intimidade. Ou mostrar aos demais que já a têm. E não têm nem conhecimento desse alguém!?

Fazem gozação em relação ao corpo, ao cabelo, à careca, à voz, à forma de se vestir, ou ao aspecto de sua maneira de se portar? Costumam descredenciar os outros através de gracinhas que, às vezes, esbarram nas formas que não foram ainda aceitas na intimidade. E, quando recebem uma resposta à altura, dizem que estavam só brincando, e que os outros não têm senso de humor. Coisas do tipo…

Mas que encontre satisfação em comentar sutilmente que nem todos são capazes de captar, o que seria suficiente para que o agressor se sentisse vingado. Poderíamos fazer esforço maior na tentativa de perceber quando seria melhor perder a piada ao invés de uma amizade. Tudo não passou de uma brincadeira. Será que vale a pena?!

Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com

Fernando de Miranda Jorge

Acadêmico Correspondente da APC Jacuí/MG - fmjor31@gmail.com

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