Receita Federal doa bebidas alcoólicas apreendidas ao Instituto Federal do Sul de Minas para fabricação de álcool
Ao todo, 21 mil litros de produtos apreendidos serão encaminhados ao Instituto Federal do Sul de Minas, que tem usinas para produção. Produto é principal aliado contra o novo coronavírus.
A unidade da Receita Federal em Poços de Caldas (MG) fez a doação de 21 mil litros de bebidas alcoólicas apreendidas em operações para fabricação de 6 mil litros de álcool em gel. O material foi encaminhado ao Instituto Federal do Sul de Minas, que será responsável pela produção. O álcool em gel é um dos principais aliados para desinfecção que evita a transmissão do novo coronavírus.
Parte do material foi encaminhado ao campus de Inconfidentes na terça-feira (17) e o restante saiu de Poços de Caldas nesta quarta-feira (18). O campus de Inconfidentes receberá o material. O local, junto com o campus de Pouso Alegre, possui uma usina para produção deste tipo de produto.
A ideia é que o álcool produzido pelo instituto seja usado nos próprios oito campi, compartilhado para uso na unidade da Receita e doado para instituições beneficentes, com públicos que fazem parte dos considerados de risco para o novo coronavírus.
Segundo o delegado da Receita Federal, Michel Lopes, as bebidas foram apreendidas em operações realizadas nos últimos anos; parte delas, encontradas em um alambique que não realizava o pagamento de tributos.
“Esse acordo com o IF estava desde o ano passado para a destinação em 2020. Só que como eclodiu o coronavírus, resolvemos acelerar a destinação para produção de álcool em gel, para que pudéssemos usar nas atividades, principalmente neste momento de falta no mercado”, explicou Michel.
Segundo o reitor do IF Sul de Minas, Marcelo Bregagnoli, a instituição teve dificuldades para compra do álcool em gel para uso nas unidades, por conta da escassez no mercado e a alta de preços. Em contato com a Receita e com o setor de logística, foi organizado o movimento para transporte das bebidas alcoólicas até a usina no campus.
Para a produção, é usado o polímero, que faz a aglutinação do produto para transformação em álcool em gel. “Segunda-feira a gente já tem produção. A gente está fazendo uma ação de um produto que estava apreendido, estava ocupando espaço da Receita. Com nossa estrutura já montada, colocamos o pessoal para fazer essa ação e gerar um produto, principalmente em um momento importante de prevenção como este”, detalhou o reitor.
“É justamente o lado social da Receita. Muita gente vê as apreensões e temos essa forma de mostrar que quando o tributo não é pago, ele não pode ser usado na saúde, na educação. Ao transformarmos a bebida em álcool em gel, ele vai voltar para a população, será revertido pra sociedade como seria o pagamento do tributo”, disse Michel.
Fonte: G1*