História e Curiosidades

Um inconfidente em Jacuí…

Cláudio Manuel da Costa, inconfidente mineiro, nasceu na circunvizinhança da cidade de Mariana, em junho de 1729. Teve seus primeiros estudos com os jesuítas, logo depois, estudou humanidades no Rio de Janeiro e Direito na Universidade de Coimbra. Por volta de 1749, teve contato com as idéias iluministas e também com o arcadismo.

Laura de Mello e Souza relata em seu livro sobre a viagem que Cláudio Manuel da Costa fez juntamente com governador de Minas, D. Luiz Diogo Lobo da Silva, pela região de Jacuí.

A viagem, que Cláudio qualificou de “dilatada e aspérrima”, percorreu por volta de quatrocentas léguas, ou seja, 2640 quilômetros. Saindo de Vila Rica no final de agosto, a comitiva se dirigiu a São João del Rei, onde o ouvidor da comarca do Rio das Mortes se integrou a ela.


Com informações da Polícia Militar e do G1/Sul de Minas


Com informações da Polícia Militar

No percurso, se aproximando do rio Grande, na barra do Sapucaí, cruzou o caudal para ganhar os sertões do Jacuí, onde Luís Diogo centralizou as atividades de governo no arraial de São Pedro das Almas.

Especialistas consideram que a razão principal da viagem foram os arraiais mineradores do Jacuí, “espremidos entre os montes endentados à margem esquerda do rio Grande”, e onde a mineração progredia grandemente.

Na ausência de fiscalização mais efetiva, o ouro era desviado para o Desemboque, “terra de ninguém”, como escreveu Sérgio Alcides, “entre São Paulo, Minas e Goiás”.

Uma das atribuições da expedição foi trocar o ouro em pó que ali corria por barras quintadas. Outra atribuição foi que a expedição visava intimidar os poderosos locais e quebrar o controle privado daquilo que devia ser público: sempre seguindo Sérgio Alcides, a tomada de posse de Jacuí seria “o ato político mais importante do giro de Luís Diogo”.

Cláudio participou diretamente dessa empreitada de interiorização do mando em zonas tão turbulentas quanto o haviam sido as dos primeiros tempos de capitania. Chegado a São João del Rei, já no fim da viagem, lavrou o assento que descrevia o giro e relatava as medidas tomadas.

*Trechos retirados do Livro “Claudio Manuel da Costa” de Laura de Mello e Souza

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